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O assalto à fortaleza de Eben Emael

// Informações sobre o assalto à fortaleza de Eben Emael por parte das forças alemãs.

Indefesa por terra e ar

A fortaleza encontrava-se completamente desprotegida, uma vez que não foram construídas trincheiras à superfície e não foram colocadas nem minas nem barricadas de arame farpado na grande área plana da fortaleza. Para além disso, no caso de um ataque aéreo, a fortaleza encontrava-se igualmente desprotegida, visto que apenas existia uma pequena bateria antiaérea situada a Sul.

Todos os 17 bunkers estavam unidos por sete quilómetros de túneis, com alojamento para uma guarnição de 1200 homens, que incluíam 500 soldados de artilharia e 200 responsáveis por questões técnicas. Quando os alemães atacaram, 500 estavam na povoação de Wonck, pelo que só 700 homens participaram na defesa. A fortaleza era totalmente auto-suficiente; tinha geradores de electricidade, bombas de água, cozinhas, casas de banho, chuveiros, um hospital, depósitos de gasolina e paiol.
 

A surpresa como chave do êxito

O objectivo dos alemães era controlar todas as pontes que atravessavam o canal Alberto, permitindo o rápido avanço das suas forças. Para tal, utilizar-se-iam planadores para o transporte das tropas até à fortaleza. Durante cerca de seis meses os pára-quedistas alemães foram treinados em Hildesheim, próximo de Hannover, e depois nos Sudetas, sem terem conhecimento do objectivo do treino. O capitão Koch comandou toda a operação e baptizou a unidade de Sturmabteilung Koch. O primeiro-tenente Rudolf Witzig seria o comandante-chefe do destacamento do batalhão de Infantaria Pára-quedista encarregue do ataque.

Para o ataque, o grupo de Koch foi dividida em quatro grupos: o primeiro, com nome de código Stahl (Aço), incluía nove planadores e pretendia tomar a ponte de Veldwezelt. O segundo grupo, com nome de código Konkret (Betão) tinha como objectivo tomar a ponte de Vroenhoven. O terceiro grupo, com nome de código Eisen (Ferro) incluía dez planadores e tinha como alvo a ponte de Canne. O último grupo, com nome de código Granit (Granito), era constituído por onze planadores e 84 sapadores, tendo por objectivo tomar a fortaleza de Eben Emael. Para tal missão, seriam usadas armas como lançadores-de-chamas, granadas, cargas de perfuração e armas ligeiras.

O Sturmabteilung Koch deslocou dos aeródromos de Ostheim e Butzweilerhof às quatro e meia da madrugada do dia 10 de Maio de 1940. Deveriam aterrar de forma silenciosa cinco minutos antes das tropas alemãs cruzarem a fronteira, mas uma avaria no planador do tenente Witzig fê-los chegar três horas mais tarde. No total eram 86 homens em 11 planadores.

Soltaram os planadores a uma altura de 1800 metros para voar 20 quilómetros até ao seu objectivo. Outro grupo de assalto aterrou em Duren para tomar o Vise 1. Os dois comandos reagruparam-se mais tarde com as forças de terra e alcançaram o canal Alberto.
 


 

A frágil resistência belga

As defesas antiaéreas belgas viram os planadores às cinco horas da manhã, mas não abriram fogo senão vinte minutos mais tarde, quando já aterravam. A bateria foi capturada imediatamente. O planador 8 atacou o quartel e a Coupole Nord. Enquanto os ocupantes do quartel eram imobilizados por uma metralhadora, tentou-se fazer explodir a cúpula com duas cargas de 50 quilos de explosivos. Ainda que o seu aço não tivesse sido atravessado, ficou trancada e depois explodiu graças a uma outra carga de doze quilos e meio de explosivos.

O planador 5 atacou o Bloco IV e o planador 3 assaltou Maastricht 1 às cinco e meia. Por seu turno, o planador 1 encarregou-se de Maastricht 2, onde morreu o general de brigada belga Vertbois.
 

O apoio aéreo dos Stukas

Cada comando do grupo pára-quedista foi assim tomando sucessivamente os seus objectivos na fortaleza. A única fortificação não atacada seria a Vise 2, já que só podia disparar para Sul.

A Coupole Sud preocupava especialmente os alemães. Uma carga de 50 quilos de explosivos não produziu qualquer efeito. A torre continuava a disparar sobre outros abrigos e a povoação de Eysden. Às nove, os alemães iniciaram um ataque aéreo de Stukas, mas a torre também não sofreu danos, tendo continuado activa até à rendição da fortaleza.

Entretanto, as tropas alemãs decidiram assaltar o interior da fortaleza. Todas as entradas tinham sido estudadas e as instalações ocupadas, mas a artilharia belga bombardeou a área e a infantaria avançou sobre as posições alemãs no bosque.

Foi graças ao apoio aéreo dos Stukas que as forças alemãs conseguiram superar os ataques da 7ª Divisão Belga. Todas as tentativas por parte do exército belga de repelir as forças germânicas falharam (estes ataques provinham dos fortes de Pontisse, Barchon e Evegnée).

Às sete da manhã do dia seguinte, o batalhão de Engenheiros 51 conseguiu atravessar o canal e juntou-se aos pára-quedistas que haviam tomado as pontes de Veldwezelt e Vroenhoven. Esse batalhão aproximou-se do Bloco II, que uma vez capturado deixaria indefesa a parte norte da fortaleza. Já tinham feito rebentar cargas na cúpula com 50 e 12,5 quilos de explosivos, o sargento Portsteffen abriu o ataque com um lança-chamas e o terceiro grupo de divisões Panzer tomaram a direcção de Tongres.

Os restantes abrigos, a Coupole Sud, Canal Nord e Sud deixaram de disparar logo após o meio-dia e meio de 11 de Maio. Soou uma trombeta e apareceu um soldado belga com uma bandeira branca na entrada do Bloco I. A batalha tinha terminado.

A fortaleza resistiu somente trinta e seis horas. A batalha custou a vida a seis soldados alemães e feriu 15, enquanto que os belgas sofreram 23 baixas, 53 soldados feridos e cerca de 600 soldados foram feitos prisioneiros nos campos de Fallingbostel, na Alemanha. Com esta operação, os alemães conseguiram neutralizar a fortaleza e preservar duas pontes intactas no canal Alberto e impulsionar o avanço das tropas alemãs em território belga.
 

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