O furacão blindado
Nascido em Lake Vineyard Ranch (Califórnia), a 11 de Novembro de 1885, ingressa na Academia de West Point aos vinte anos de idade, sendo o primeiro do seu curso. A sua autêntica lenda militar começa a forjar-se em 1916, ao participar na expedição do general Pershing ao México para combater contra as forças do mítico Pancho Villa. No ano seguinte desembarca com a American Expeditionary Force em plena Primeira Grande Guerra.
Veterano da Grande Guerra
Em começos de 1918 é promovido a comandante, organizando em Langres o primeiro centro de treinos para carros de combate do Exército norte-americano. Fica gravemente ferido na frente em 25 de Setembro, quando tentava conquistar uma colina ocupada pelos alemães acompanhado por apenas um soldado.
N altura, Patton já é odiado por todos os seus homens. Os métodos pouco ortodoxos serão uma constante ao longo da sua carreira militar. Para ele, como apaixonado da histórica bélica, a guerra é a máxima expressão de um ideal. Como o próprio não se cansará de repetir, não pode compreender a vida sem um campo de batalha.
Desembarque no Norte de África
Patton entra em cena na Segunda Grande Guerra em 1943, no Norte de África, durante a Operação Tocha, ao comando do II Corpo do Exército.
Depois da derrota sofrida pelos norte-americanos no seu primeiro encontro com os alemães, no funesto combate da Passagem de Kasserine, Patton assume o comando do II Corpo do Exército, terminando vitoriosamente a campanha.
Ao comando do VII Exército toma parte activa na invasão da Sicília, capturando Messina antes do seu rival pessoal e aliado na frente, o britânico Montgomery, com quem manterá um duelo para obter a glória e as honras da opinião pública anglo-norte-americana.
Será precisamente na Sicília que Patton protagoniza um incidente que fez tremer a sua carreira. Esbofeteou um soldado que sofria de fadiga de combate, e Eisenhower, debaixo de fortes pressões, teve que ordenar uma investigação oficial.
O assunto chegou à Imprensa, tendo desencadeado nos Estados Unidos um notável escândalo. Até autoridades importantes chegaram a pedir que comparecesse num conselho de guerra. No dia 1 de Janeiro de 1944, Patton era substituído como comandante do VII Exército.
Já no final, o acontecimento custar-lhe-á a ausência no Dia D, nas praias normandas, um luxo que os próprios alemães jamais chegaram a acreditar, pois sempre pensaram que Patton comandaria os carros aliados durante a invasão.
Um mês depois de terem lugar os desembarques na Normandia, Eisenhower reabilita-o, colocando-o à frente do III Exército, sob ordens de um seu antigo subordinado e amigo, o general Omar Bradley.