Excerto retirado de A Frota Norte-americana na II Guerra Mundial do Almirante Ernest J.King, abordando a importante função das lanchas de desembarque para as forças aliadas:
«(...) Quando entrámos na guerra só tínhamos uns milhares de toneladas em unidades de desembarque, apesar da Armada ter começado a fazer experiências com barcos pequenos desse tipo em 1936. Em 1942 acrescentou-se ao carregado inventário um programa de construção de barcaças de desembarque e deu-se-lhe maior prioridade até alcançar a quota desejada.
Uma parte deste trabalho foi para os estaleiros públicos e privados que existiam. Foram construídos novos estaleiros, muitos deles no vale do Mississipi, onde as companhias siderúrgicas e de construção de pontes, que nunca tinham tido qualquer experiência na construção de embarcações, fizeram novas instalações e entraram em pleno neste tipo de produção.
Na segunda metade de 1942 atingiu-se a produção de cerca de um quarto de milhão de toneladas em barcaças de desembarque, e na primeira metade de 1943 aumentou-se a quantidade para bastante mais que um terço de milhão de toneladas.
Esta produção incluía uma enorme variedade de tipos, desde os pequenos botes de borracha até barcaças de mais de cem metros de comprimento para o desembarque de carros de combate. Nesta classe estão incluídos os barcos pequenos, próprios para levar apenas poucos homens, e barcos com capacidade para 200 soldados, rebocadores capazes de se arrastarem pelos recifes de coral, barcaças para desembarcar veículos e peças de artilharia, enfim, todos os tipos necessários para desembarcar com êxito numa costa hostil, numa das operações militares mais difíceis. (...)
Em Maio de 1943 tinha-se expulsado os alemães de Tunes, e nessa altura a nossa força de combate era tal que podíamos fazer planos definitivos para um importante movimento ofensivo contra o inimigo no nosso próprio território. Eleita a Sicília, como objectivo imediato, planeou-se uma operação anfíbia, na maior escala jamais levada a cabo.»