O maior arquivo de documentos da Alemanha Nazi vai ser aberto a historiadores pela primeira vez, depois de alcançado o acordo entre os 11 países que controlam o arquivo.
O anúncio foi feito depois de dois dias de conversações entre os diplomatas dos 11 países, que se reuniram em Luxemburgo.
Por seis décadas, o arquivo - alojado num armazém em Bad Arolsen, no centro da Alemanha - tem sido usado exclusivamente usado por uma agência da Cruz Vermelha que ajuda as pessoas a encontrar os entes queridos que se perderam durante a Segunda Guerra Mundial.
Foram precisos vários anos de negociações para alcançar o acordo, e mesmo as negociações em Luxemburgo levaram mais tempo que o previsto devido às negociações dos vários detalhes do acordo entre os diplomatas.
Em Abril, a ministra da Justiça alemã, Brigitte Zypries, anunciou uma alteração de política quando disse que a Alemanha iria trabalhar com os Estados Unidos para abrir os registos arquivados.
Os delegados nas negociações disseram que a delegação alemã demonstrou maior flexibilidade que em relação a rondas negociais anteriores.
A decisão ontem tomada vai também permitir que cada um dos 11 países obtenha uma cópia digital do arquivo de Bad Arolsen e disponibilizá-la para os pesquisadores e familiares das vítimas nesses países sob condições controladas.
Ainda por resolver estão tópicos relacionados com a velocidade com que o arquivo de Bad Arolsen poderá ser copiado para registos digitais e distribuído pelos países membros, e como acelerar o processo de ratificação, segundo o que foi dito pelos delegados. A agência da Cruz Vermelha, responsável pelo arquivo, disse que já digitalizou 56 por cento dos registos desde 1999, mais não pode fazê-lo mais rapidamente sem mais fundos.
17 de Maio de 2006