Há 70 anos, o bunker de Wilhelmsburg ficou em Hamburgo, na Alemanha, como um memorial não oficial para os terríveis dias da Segunda Guerra Mundial. Em 1947, o exército britânico ocupante tentou demoli-la, mas mal conseguia danificar as enormes paredes de betão de 10 pés de espessura e o telhado de 13 metros de espessura, que já havia resistido a dois anos de bombardeamentos dos Aliados.
Depois da estrutura similar a uma fortaleza de 130 metros de altura ter ficado parada em Neuhöfer Strasse durante mais de seis décadas, a cidade de Hamburgo decidiu utilizar de forma positiva a estrutura resistente, convertendo numa fábrica de energia renovável, usando a energia solar fotovoltaica e térmica, biogás, lascas de madeira e resíduos de calor de uma fábrica adjacente.
O novo Energiebunker como vai ser conhecido deve ir gerar 22.500 megawatts-hora de calor e cerca de 3.000 megawatts hora de energia elétrica, ou o suficiente para fornecer aquecimento e água quente para 3.000 famílias por ano e atender a necessidades de eletricidade de 1.000 famílias.
O bunker, que era grande o suficiente para abrigar 30 mil residentes durante os ataques aéreos da Segunda Guerra Mundial, também será utilizado para a atividade turística, incluindo um café e um terraço ao ar livre no nível 100 metros, oferecendo vistas deslumbrantes sobre o porto de Hamburgo. Além disso, as paredes e o telhado serão restauradas e reforçadas para servir como um monumento ao propósito original do bunker. No topo da ex-torres flak, um centro de interpretação histórica está sendo planeado para documentar o seu significado histórico.