Dezenas de suspeitos de terem cometido crimes nazis durante a II Guerra Mundial foram condenados à deportação nos últimos anos pelos Estados Unidos mas poucos saíram do país. Longas batalhas legais, idade, estado de saúde e falta de aceitação dos outros países em recebê-los fazem com que estes homens continuem a viver numa espécie de limbo legal entre a ordem de deportação e a cidadania.
Como o imbróglio não se resolve, os homens vão vivendo as suas vidas em pacatos bairros residenciais com direito a segurança social e benefícios públicos ao longo dos anos em que travam batalhas legais contra a deportação.
Os tribunais norte-americanos não podem fazer mais do que deportar estes homens, uma vez que não os pode condenar por crimes que não foram cometidos em solo americano. Serão os países onde os crimes foram cometidos que podem julgar e condenar estas pessoas.
Em 34 anos, desde que foi criado um gabinete no Departamento de Justiça dedicado apenas aos suspeitos de crimes nazis, foram instaurados 137 processos de deportação, mas menos de metade saíram do país. Pelo menos 20 morreram entretanto e muitos, já idosos, vêem a deportação adiada devido ao seu estado de saúde.