No passado dia 17 de Junho de 2004, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, celebrou, na Sé de Lisboa, uma missa em memória de Aristides de Sousa Mendes, o diplomata português que em 1940 salvou milhares de judeus ao passar-lhes vistos.
A missa contou com a presença de representantes das comunidades judaica e muçulmana, membros da família Sousa Mendes e da Fundação com o seu nome.
A acção de Aristides de Sousa Mendes foi também evocada em missas celebradas em 30 cidades ao redor do mundo, de Varsóvia, na Polónia, a Buenos Aires, na Argentina, e de Bordéus, França (onde emitiu os vistos) até a São Francisco, nos EUA.
A iniciativa destas comemorações foi da Raoul Walleenberg Foundation, com o apoio do Vaticano, do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e do Comité Internacional Angelo Roncalli.
A escolha do dia 17 de Junho ficou a dever-se ao facto de ter sido nessa data, em 1940, que o diplomata, ajudado pelos seus dois filhos mais velhos, começou a passar vistos a refugiados de guerra, entre eles milhares de judeus, impedindo assim a sua prisão e eventual morte às mãos dos nazis.
A iniciativa de acção de graças e reconhecimento esteve ainda mais ligada a Portugal pelo facto de todos os países lusófonos e muitas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo terem aderido, celebrando missas no dia 17 de Junho em igrejas, catedrais e sinagogas.
Foram celebradas missas em igrejas católicas ou sinagogas da Argentina, África do Sul, Angola, Bélgica, Brasil, Canadá, Cabo Verde, China, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Luxemburgo, Guiné-Bissau, Moçambique, Polónia, Portugal, Suíça, Timor-Leste e Venezuela.