O governo japonês afirmou que ajudará mais de ude pessoas pessoas que contraíram doenças por causa da exposição a gases venenosos fabricados para uso na Segunda Guerra Mundial.
O Japão é criticado há bastante tempo por ter abandonado armas químicas na China. E agora aumenta a preocupação com a possibilidade de substâncias usadas nessas armas terem provocado vários incidentes também no território japonês.
No mais recente deles, moradores da cidade de Kamisu, ao norte de Tóquio, reclamaram de problemas de saúde, o que levou o governo a fazer testes com a água de um poço. Ali, foram encontrados níveis de arsênico 450 vezes superiores ao permitido.
A contaminação estaria ligada a substâncias químicas produzidas durante a guerra para uso militar.
Cerca de 20 moradores de Kamisu, entre os quais crianças, apresentaram sintomas como tontura e dormência nas mãos e nos pés. Em vários casos, as vítimas não se conseguiam levantar ou andar normalmente, disse o jornal Mainichi Shimbun.
Yasuo Fukuda, porta-voz do governo, disse que o Ministério do Meio Ambiente elaborará um plano de ajuda incluindo o pagamento de gastos médicos.
O vice-ministro do Meio Ambiente Masaharu Nakagawa disse esperar que o plano seja concluído nas próximas duas semanas.
Segundo uma pesquisa feita pelo governo japonês em 1973 e divulgada há pouco tempo, o Japão deitou fora 3.875 toneladas de gás venenoso depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Em Setembro, vários operários ficaram doentes após contato com gás mostarda e gás lacrimogêneo guardados dentro de garrafas de cerveja.
Na China, os japoneses teriam deixado 700 mil armas químicas.