A 10 de Janeiro de 1940, os soldados de um posto fronteiriço perto de Mechelen, Bélgica, vêem aterrar junto deles um avião. Trata-se de um Messerschmitt de ligação, do qual descem dois pilotos que imediatamente procedem à queima de documentos. Os soldados belgas capturam-nos, recuperando do fogo uns mapas.
Os prisioneiros são o comandante Reinberger, da VII Divisão Páraquedista, e o comandante Hoenmans, piloto do avião.
Ambos regressavam a Colónia após uma missão, mas o aparelho perdeu o rumo e, sem combustível, viram-se forçados a aterrar. Os documentos que transportavam, qualificados de ultra-secretos, pormenorizavam os planos alemães para a ofensiva no Oeste, que estava a ponto de se iniciar.
No dia seguinte, em Vincennes, um diplomata belga entrega ao general Gamelin um extracto que resume o conteúdo dos documentos apreendidos. Com estes dados, todo o problema da intervenção franco-britânica na Bélgica ficou alterado. Reforça-se o Exército belga e põem-se em marcha importantes trabalhos de fortificações nas zonas previstas para a invasão alemã.
Ao saber do sucedido, Hitler manda deter e interrogar as famílias de Reinberger e Hoenmans.
O general de aviação Feldmay, comandante da II Frota Aérea, é destituído e até o próprio Goering sofre uma repreensão. Mas Hitler resigna-se e atrasa a sua ofensiva, prevista para 17 de Janeiro, e que só chegaria na Primavera, a 10 de Maio de 1940. Um incidente que, contudo, não mudaria a sorte da batalha.