Em 1929, Goebbels, foi eleito deputado para o Reichstag, de cujo o incêndio, segundo tudo indica, foi um dos investigadores; pouco depois, em 1933, Hitler assume o poder e nomeia-o ministro da Propaganda.
Imediatamente ordenou que se construísse um Ministério só para ele, sem perguntar sequer pelo custo, e instalou-se com a sua família num palácio rodeado de um bonito jardim.
As artes e letras da Alemanha nazi caíram sob o poder absoluto de Goebbels como ministro da Propaganda. O cinema, o teatro e a Imprensa estavam debaixo das ordens de Goebbels, que organizou a cultura alemã como uma indústria geradora de adesões e obediência ao partido nazi. Não queria dela outra coisa.
A música escapou um pouco a este esquema. O único compositor judeu apagado do mapa foi Hindemith, mas a maioria dos compositores, directores de orquestra e concertistas não judeus, ao contrário dos escritores, preferiram ficar na Alemanha. Foram os casos de Furtwaengler, de Gieseking e, o mais surpreendente de todos, de Richard Strauss, que não só ficou na Alemanha, como aceitou a direcção da Câmara de Música do Reich.
Tragédia no bunker
Nas últimas horas da Alemanha nazi, Hitler, já abandonado por Goering e Himmler e tantos outros, ditou a Doenitz a lista do Governo que haveria de suceder à sua morte. Nomeava Goebbels como chanceler. O seu último grande cargo tinha sido o de general-bevollmachtigter fur dentotalen Krieg, em Agosto de 1944, algo assim como procurador-geral para a guerra total. Foram dias mortais no bunker da Chancelaria, com a artilharia russa a disparar continuamente. Goebbels deixou escrito que não queria continuar vivo depois de Hitler morrer.
No dia 1 de Maio de 1945, ao entardecer, Goebbels chamou os seus filhos, que brincavam no jardim, e que sem dúvida sabiam o que os esperava. Foram administradas injecções letais pelo mesmo médico que na véspera tinha envenenado os cães de Hitler.
Depois, Goebbels chamou o seu ajudante, Gunther Schwaegermann, e disse que preparasse latões de gasolina. Explicou-lhe que tinha resolvido morrer com a sua mulher e pediu-lhe que quando esles estivessem mortos os regassem com gasolina e lhes pegassem fogo. Às oito e trinta daquele dia, quando já começava a escurecer, os Goebbels subiram para o jardim do bunker e ali um homem das SS disparou sobre os dois na nuca. Regaram-nos com gasolina e pegaram fogo.